Como será o amanhã?

Para Carlos Pimenta, o que virá depois da pandemia da Covid-19 “é uma incógnita”, mas aponta para a urgência de um “novo sistema” indispensável para a “sobrevivência das pessoas, da natureza e da vida”. “O que vai sair de tudo não sabemos, mas, agora, abriu-se um espaço considerável e legítimo (político, econômico, social, moral, ético, biológico) para constituição de um outro caminho, horizontal, a ser, por nós, trilhado”, defende. 

No novo artigo do Communitas, o pós-doutorando do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho reflete sobre as inseguranças e as incertezas relativamente ao futuro, tendo em conta as consequências da crise da Covid-19 na economia e nas relações humanas. “Está em curso uma mudança (ou transformações radicais) na compreensão da ordem das coisas (políticas, econômicas, sociais, éticas etc.)”, uma vez que “percebemos que os paradoxos e as contradições estão colocados e as formas de fazer das coisas (política, econômica, social, cultural, simbólica, ética, moral etc.) já não dão conta das demandas e problemas que a própria ordem mundial produziu.”

A partir de um “exercício de imaginação sociológica sobre factos concretos” que apontam para o futuro, Carlos Pimenta apresenta argumentos que denunciam a mudança em curso e mostram a “oportunidade de mudarmos os rumos do mundo para que possamos romper com a “imbecilidade” do capitalismo selvagem e as práticas colonialistas e colonizadoras vigentes”.

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