Francisco Campos Freire: “O grande desafio do serviço público audiovisual é adaptar-se ao contexto da sociedade digital”
21 Maio 2020
É urgente que os serviços públicos audiovisuais se ajustem ao contexto da atual sociedade digital, adaptando-se às formas de consumo tecnológicas, para se conectarem com as novas gerações, defende Francisco Campos Freire. O jornalista e professor da Universidade de Santiago de Compostela reflete sobre os desafios da continuidade e sustentabilidade do serviço público de média audiovisuais, relembrando que “nos últimos 100 anos, houve altos e baixos, porém, esses desafios foram sendo resolvidos”.
Numa entrevista ao think tank Communitas, o investigador alerta: “Se fizermos uma análise das várias corporações de rádio e televisão públicas europeias, podemos dizer que 80% têm um problema importante de conexão com as novas audiências”. Para Francisco Campos Freire, os esforços das corporações em adaptarem-se ao contexto tecnológico “não estão a ser suficientes”, algo que poderá ser justificado pela falta de financiamento.
Apesar do serviço público audiovisual ser “um instrumento imprescindível para a democracia e respetivos valores”, o professor realça que existem atores políticos que, por razões táticas, “não estão a fazer nada positivo para a reforma, a continuidade e sustentabilidade do serviço público audiovisual”, atacando-o “de forma muito clara e contundente”. “Acho que, do ponto de vista democrático, isto é bastante preocupante”, afirma.
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