“O passado tranquiliza, o futuro mete medo” – reflexões sobre o impacto social da pandemia da Covid-19, a partir do livro ‘O futuro tem futuro’, de Jacques Séguéla (1998)
06 Abril 2020
O ano mil, como evidenciou Georges Duby no livro homónimo que escreveu (2002), foi vivido por um povo aterrorizado e pela iminência do fim do mundo. Na passagem do segundo para o terceiro milénio, Jacques Séguéla fez um exercício diferente (e nem podia ser de outra forma) antecipando, com base numa crítica à sociedade francesa, aquilo que, do seu ponto de vista, iria acontecer com a entrada no século XXI. As ideias do publicitário (nascido em 1934, que esteve ligado às campanhas da Citroën e de François Mitterrand), ficaram expressas no livro O futuro tem futuro, escrito em 1996 e publicado em Portugal dois anos depois. O título deixa, desde logo, transparecer uma ideia de esperança, mas que não corresponde necessariamente ao resto da publicação que, muito embora não tenha uma lógica apocalíptica, antevê um futuro negro face à tendência do passado, no qual o autor garante não se poder mexer. Este ensaio parte do livro de Séguéla, pegando nas abordagens humanas da passagem de época, tentando vislumbrar lógicas comparativas com a atualidade, cadenciadas pela crise da pandemia da Covid-19. Um tempo que vai correndo em regime de confinamento obrigatório e que faz questionar o futuro, mesmo que se saiba que o futuro é incerto. O que não deixa de ser uma tautologia, mas que se presume possa ser transportador de alguma esperança.
Texto de Vítor de Sousa (investigador do CECS)
E-mail: vitordesousa@ics.uminho.pt
Enquanto houver estrada pra andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada pra andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
Jorge Palma, A gente vai continuar
“Eis-nos entrados na era do ‘ni metro, ni boulot, ni dodo'”[1]. É assim que começa o livro de Séguéla. Referia-se à França, mas, olhando para trás, poder-se-ia disseminar a coisa por outras terras. Entre as quais, Portugal. E será fácil de perceber, bastando para tanto atentar na ação política da União Europeia. Tem sido promovida, por exemplo, uma uniformização dos estados membros, muitas vezes determinada por leis que se sobrepõem às dos próprios países. E isso como que “contaminou” tudo o resto. E, é por isso que, em tempos de crise, são sublinhados os apelos nacionalistas, mesmo pertencendo a um grupo de interesses comuns. A dinâmica começa, quase sempre, com a cantiga do patriotismo (que não é xenófobo, mas nem por sombras privilegia o encontro com o “outro”) para, depois, se transformar numa coisa mais hardcore, em que o outro (seja ele qual for) é assassinado apenas com o olhar.
Escreve o autor de O futuro tem futuro que a França, prestes a entrar no século XXI, estava a ser contaminada por uma asma sociológica que nenhum corticosteroide económico era capaz de curar: “O poder não existe. A política despolitiza-se, a justiça mediatiza-se, a Igreja prega no deserto, a empresa já não tem poder, e quando a rua se enreda ela enreda-se. A nossa sociedade bipolariza-se, já não entre esquerda e direita, já que não significam grande coisa, mas entre os verdadeiros ‘reaças’ e os falsos modernos”. Ora, sobre os ‘reaças’, evidencia que se agarram aos seus privilégios, firmando-se sobre os seus créditos, imobilizando-se e centrando-se no seu próprio umbigo. Quanto aos “falsos modernos”, a que associa os pensadores, os reformadores e os agitadores, observa que o seu fito é salvar o mundo, tarefa impossível de concretizar, já que o mundo “já não pode mais!” (p. 13).
É um Séguéla soundbyter – ou não repercutisse ele a fala de um publicitário -, que diz que o globo “perdeu a bola”. Corre, no entanto, atrás de uma moral planetária, que combate Saddam Hussein (reportava-se, aqui, à Guerra do Golfo) e, simultaneamente, fecha os olhos às carnificinas de Srebrenica, na Bósnia Herzegovina (Guerra dos Balcãs). E debate a despenalização da droga, mas penaliza o ato de fumar em público; metendo pessoas na cadeia por corrupção, mas não estancando os subornos na esfera governamental para melhor vender armas.
O pior é que a fé também não está de boa saúde, já que se observavam em França o desenvolvimento de integrismos, dogmatismos e fanatismos. O que significava, para o autor, o regresso em força da Idade Média. Em que Deus já tinha morrido, mas ia renascendo sob múltiplas formas que eram, da mesma maneira, ersatz[2], em que a multiplicação dos pães se transformara em multiplicação de seitas, e o interesse manipulara a histeria coletiva, que soçobrara no apocalipse e na autodestruição, “numa grande bacanal até ao fim” (p. 13).
É um verdadeiro charivari de almas, com as religiões estabelecidas a perderem o pé para “as outras”. Nesse rol, aquele que apelida de papa anti preservativo [João Paulo II] acreditava ser mais forte do que a SIDA, Maomé crescia com o terrorismo e Buda proliferava no ativismo, o que significava que o misticismo estava à espreita e a preparar-se para recrutar adeptos, na maior parte antigos fiéis frustrados na busca de um novo senhor, à procura de uma “crença credível” (p. 14).
Tudo isto, noutros tempos, observa, já teria espoletado um sobressalto cultural, mas isso, na altura em que o livro foi escrito, era impossível que acontecesse, já que todas as dinâmicas que lhe estão associadas soçobraram neste “caos moderno”. E isso explica-se com o mau gosto que ocupava as lojas, alastrando-se à arquitetura e à própria liderança política francesa, com aquele que apelidava de “imperador Balladur [primeiro-ministro francês entre 1993 e 1995]”, por exemplo, a decretar uma nova arena “para os jogos do circo do ano 2000 [Campeonato do Mundo de Futebol]” (p. 14) e, de forma anacrónica, batizando-o de “Estádio de França”, na sequência de um concurso medíocre.
A ciência também não ficou bem na fotografia, com Séguéla a sublinhar que ela trabalhava em circuito fechado sobre as suas áreas experimentais, “impenetráveis ao ar do tempo, protegida dos sobressaltos do mundo e dos movimentos de humor” (p. 15). A ciência até poderia parecer a salvo do derrotismo envolvente, mas subscrever essa ideia não correspondia à verdade, já que os investigadores (franceses) recusavam-se a reconhecer os limites do seu racionalismo e a avançar para as áreas do irracional. O que, aparentemente, nem seria uma coisa má, nomeadamente no que concerne às Ciências Sociais e Humanas.
Apelidava os média de charlatães da infelicidade, por se contentarem, apenas, em tomar o pulso ao público e acelerar determinada realidade a seu bel-prazer para sublinharem a sua importância, não investindo na inversão da angústia social optando, ao contrário, por alimentá-la. Havia que que inverter a tendência, tarefa que, no entendimento do autor, se revelava já na altura impossível, uma vez que eram já os média os donos da decisão. O resto, era ilusório: “Não somos nós que olhamos a televisão, é ela que nos olha”; “As audiências sobem, mas a audição baixa”; “O cidadão acende o aparelho, mas está do outro lado” (p. 16).
Séguéla sustentava a ideia de um mundo esgotado pelo que era tempo de virar a página, ao mesmo tempo que se mudava de milénio. Sendo que a página – e agora refiro-me à contemporaneidade – já nessa altura, era proeminentemente digital (Negroponte, 1996). De forma exemplar, sublinhava a ideia de que a sociedade era dinâmica, não podendo ser reificada, pelo que se revelava necessário ter algumas competências para observar quem falava verdade. O que não difere muito do que acontece hoje, em que essa necessidade é transversal a toda a sociedade, toda ela quase completamente digital, e em que as fake news nomeadamente em tempo de crise (e a crise parece ser contínua, mudando apenas a causa que lhe vai estando associada), se multiplicam como se fossem um vírus (Costa, 2020). A atestá-lo, está o facto de, em plena pandemia provocada pela Covid-19, só num mês, as fake news tenham quintuplicado apenas na rede social Twitter (Pereira, 2020). O que vem ratificar a preferência de Umberto Eco pelas mentiras, observando que o que não se pode teorizar deve narrar-se, não tendo dúvidas de que as pessoas preferem a mentira à verdade: “Certamente! Acreditar permite-lhes recusar o facto de que são culpadas. A credulidade é uma forma de evitar o desespero, a desilusão – de evitar o medo da morte” (Leiderfarb, 2015, pp. 31-32). E, de forma mais abrangente, o que Nietzsche (2000) escreveu sobre a verdade, sustentando que ela não passava de um ponto de vista.
Perguntava Séguéla o que seria o século XXI? Respondendo, sem enveredar por uma lógica de profecia, nem de futurologia, salienta que seria, “claramente, um gigantesco inventário […] onde se encontrarão a trouxe-mouxe um robot, um computador, um telefone portátil, uma televisão interativa, uma cidade submarina, uma viatura solar, sete biliões e meio de indivíduos e um ratinho lavador”. Mas chamava a atenção de que, por mais que os futurólogos projetassem, supusessem ou dividissem, o certo é que “não concluem absolutamente nada”. O que não deixa de ser revelador, já que quase que sabemos tudo sobre os nossos antepassados, procurando pouco em relação aos nossos descendentes: “O passado tranquiliza, o futuro mete medo”, sendo que “tudo o que ignoramos, alarma-nos” (p. 17). Desviar o foco, ajuda a fixar determinada realidade diferente da realidade existente, sendo que o passado não se pode alterar, por já ter acontecido, e o futuro, que não existe, pode ser medonho, cruzando os acontecimentos passados e olhando para o que pode acontecer. E, como se sabe, o futuro não está antecipadamente jogado, pelo que a incerteza pode convocar esse medo sobre o qual se referia Séguéla.
Em 1998, o autor escrevia que quanto mais avançasse o novo século, menos ingénua seria a abordagem dos dogmas, com as certezas a tornarem-se menos cegas, e os rituais a tenderem para o desaparecimento. Uma mesma realidade, mas com outros patamares que seriam aplainados em consonância com um outro real: “A grande mestiçagem das diversas filosofias divinas arrebatar-nos-á, impelindo-nos para outras tradições, outros pensamentos, na busca desvairada de um fundo comum de verdade longe desta multicrença dos terrestres de hoje”. E, numa dinâmica de esperança, nesse futuro “surgirá o ecumenismo planetário, essa unificação ontem impensável das grandes religiões, impostas e multiplicadas numa fé eleita e única ou, pelo menos, mundialmente dominante”, onde haveria lugar para o esoterismo, num tempo que seria dominado pela necessidade de comunicação dos povos (p. 18).
“Que seremos nós amanhã ou não seremos?” (p. 17). Há que ter a esperança de que não há inevitabilidades, por mais dura que possa ser a realidade. É o desespero, referia Séguéla, que pontua a dinâmica social que o próprio afiançava não o afetar, já que privilegia a incerteza, o que encarava como uma coisa boa. Mesmo que a crise tenda para a naturalização na vida social e vinque a incerteza sobre o futuro condicionando-a a uma ideia de “esperança” (Sousa, 2014).
Segundo Edgar Morin, a condição humana está marcada por duas grandes incertezas: a cognitiva e a histórica, observando que quando se registam tantas interações e interferências não é possível “ter uma certeza absoluta”, ainda por cima, quando “o provável é catastrófico” (Morin, 2011, p. 20). No entanto, os tempos de incerteza até podem ser, aparentemente, bons. Rebentam os muros erigidos em tempos de que a ideia de que as coisas são assim, porque são, vigorava, tolhendo qualquer espírito crítico. Mas, dependendo do recorte da incerteza, ela pode assumir-se como uma dinâmica parecida a um regime ditatorial, obrigando à existência de uma verdade conveniente à estrutura (à “nação”), impedindo a crítica, podendo decorrer de um qualquer estado de emergência, onde a exceção determina a ação. É aqui, afinal, onde assenta o discurso sobre as crises e as oportunidades que ela permitirá, num sublinhado da ideologia que lhe está subjacente, que faz questionar sobre se as crises espoletam os oportunismos e as desigualdades. O que se vislumbra com a pandemia provocada pela Covid-19, com os mais pobres a ficarem numa situação muito mais precária daquela que viviam antes. O que não poderia ser de outra forma, como refere Alain Touraine, para quem a crise acelera a tendência para a separação, a longo prazo, do sistema económico, incluindo a sua dimensão militar, e dos atores sociais, também eles fustigados pela crise que os transforma em desempregados, excluídos ou aforradores arruinados, “todos incapazes de reagir politicamente, o que explica o silêncio atual das vítimas da crise ou a sua exclusão social” (Touraine, 2012, p. 12). Ora, quando um estado de emergência tem que ver com a sobrevivência humana, que é o que acontece com a pandemia da Covid-19, que sentido faz convocar a interculturalidade e a relação com o “outro” quando, do nosso lado, a situação é, na generalidade, idêntica, ou seja, a raiar o desespero? É nesse quadro que devemos ter em mente o que Umberto Eco (1998) fixou sobre a aceitação do “outro” que, quando entra em cena, é o que há-de determinar o começo de uma dimensão ética. Sendo que a ideia de “outro”, tem que ser assumida de forma omnipresente, o que não significa que seja mais familiar ou compreensível, como sustenta Dominique Wolton.
No século XXI, segundo Séguéla, seria a China e a Índia a arrebatarem aos EUA o domínio económico, com o poder a deslocar-se do Ocidente para a esfera das civilizações não-ocidentais. O que, mais ou menos na mesma altura, também tinha sido preconizado por Samuel Huntington (2009) e, mais tarde, por Ian Morris (2013). Mais ideias do autor para o século XXI: o próximo milénio será feminino; a nossa vida prolongar-se-á, morreremos centenários e de boa saúde; cultivaremos batatas quadradas e gigantes; trabalharemos duas vezes menos por ano e duas vezes menos anos; viveremos num cibermundo, ligados ao conjunto do planeta; os robots serão as nossas mulheres-a-dias, os nossos motoristas, as nossas assistentes (a escrita ainda tinha um recorte machista); o computador será rei e a televisão será rainha… (da contracapa do livro).
Em suma, o terceiro milénio estava destinado a virar a página dos nossos erros e dos nossos sofrimentos: “Fá-lo-á com suor e sangue, o mundo nunca se reinventou de outra forma. Que suspense!”; “Encontrar-se-ão no ponto de encontro do crescimento e da alegria reencontrada aqueles que tiverem sabido, nos anos vindouros, abrir-se ao mundo e aos outros” (p. 18). O que não passa, na generalidade, de um pensamento utópico, com a realidade a mostrar o contrário do que o autor da obra O futuro tem futuro propugnava. Mesmo que, a espaços, indiciasse o contrário, ao salientar que “o futuro mete medo” (p. 17). Byung-Chul Han (2016) associa o medo ao atual contexto em que se privilegia um “outro” igual a nós, qual espelho para que nos vejamos a nós próprios, expulsando-se o que é diferente, e que redunda num inferno. Um futuro sombrio que, segundo o filósofo, também se traduz em fenómenos como os movimentos identitários e nacionalistas, a própria globalização e o terrorismo, que são partes integrantes de um processo marcado pela depressão e pela autodestruição.
O certo é que a globalização continua, cada vez mais, a pontuar a ordem mundial, num desenvolvimento mais dissimulado do que antes, muito embora mais eficaz. As forças de dominação e o controlo da ordem global de forma alguma diminuíram, apesar da posição muitas vezes histriónica dos ideólogos da soberania nacional. É por isso que Michael Hardt e Antonio Negri (2019) preconizam ser hoje necessário um novo ciclo internacional assente numa luta mais inteligente para investigar as estruturas da ordem global dominante. Inverter a invisibilidade dos mais desfavorecidos será o primeiro passo para desafiar e, eventualmente, derrubar as estruturas do que apelidam de “Império” (Hardt & Negri, 2000), podendo ter um papel importante os movimentos como o da alter-globalização (também conhecida como globalização alternativa). E, num quadro em que a crise está mais sublinhada, como acontece no tempo presente por via da pandemia da Covid-19, resta saber se essa via alternativa tem condições para se fazer notar e inverter a tendência.
E, para perspetivar o futuro no atual quadro pandémico, bastará atentar em algumas situações recentes em que se assume, por exemplo, que o vírus é chinês (como pelo menos uma televisão portuguesa por cabo se fartou de apregoar, numa ideia que foi disseminada nas redes sociais); em que se observam de forma clara as divergências dentro da UE, com o representante da Holanda a criticar abertamente a Espanha por não ter acautelado o seu processo orçamental, estando com dificuldades para fazer face à pandemia, o que levou o primeiro-ministro português, António Costa, a apelidar de “repugnante” a posição holandesa[3]; em que se evidencia uma dinâmica de sentido único, de nós contra os outros, pouco aberta à diversidade, que é muito questionável num quadro em que nós precisamos dos outros e todos precisamos de todos, com a agravante de os outros serem esconjurados por nós. E, mesmo que o risco de vida impeça que se pense de forma mais racional sobre a sociedade que queremos, há que olhar para a realidade observando que há um velho mundo a morrer, muito embora um novo mundo ainda não tenha nascido, mas que pode emergir após a ultrapassagem da atual crise. E, o mundo, sendo composto por pessoas, é determinado pelas lógicas de poder que, por mais que se vilipendie o capitalismo e a globalização, assume sempre formas que lhe estão associadas. A ideia de um novo mundo não deixa de ser recorrente em tempo de crise. É como a ideia de “homem novo” que sai de um novo regime político, seja ele democrático ou não. É, ao mesmo tempo, um sentimento de esperança que, em plena pandemia da Covid-19 ganha cada vez mais força, mas que sublinha a ideia de que o futuro é (e será sempre) incerto. Numa coisa Jacques Séguéla tinha razão: “O futuro tem futuro”. Independentemente daquilo que ele for.
[1] Trocadilho aproveitando a rima em “ou”, significando que recusamos a incomodidade (metro), o excesso de trabalho e o sono descansado.
[2] Palavra alemã cujo significado literal é substituto ou sucedâneo.
[3] A Holanda sugeriu uma investigação a Espanha sobre a alegada falta de margem orçamental para fazer face à Covid-19. Retirado de https://sicnoticias.pt/pais/2020-03-27-Costa-critica-a-mesquinhez-recorrente-da-Holanda-que-poe-em-causa-o-futuro-da-Europa
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