Questões de tempo e espaço: Do teletrabalho, ao “ficar em casa”, passando pelo confinamento

09 Abril 2020

Perante a crise pandémica e a necessidade de confinamento em casa, Emília Araújo, investigadora do CECS, discorre sobre o modo como o teletrabalho realizado em casa implica considerar várias características do tempo e espaço da habitação. “Para este tempo é sensato arcar com a autodisciplina de conceber e desenhar formas de coabitação de ritmos no espaço de casa”, defende.

Fotografia da autora

No artigo Questões de tempo e espaço: Do teletrabalho, ao “ficar em casa”, passando pelo confinamento, Emília Araújo afirma que embora o teletrabalho a partir de casa seja uma “modalidade em crescente penetração e que se deve ao progresso da digitalização”, coexiste, em grande parte, com o “esvaziamento das atribuições da casa enquanto espaço de reprodução, de descanso e de repouso”.

Para a investigadora, o teletrabalho pode ser visto como, por exemplo, “uma forma de ganhar tempo nas deslocações; evitar gastar tempo nas interações sociais menos diretamente produtivas”, mas, por outro lado, “pode conviver com ansiedade e aumento de responsabilidades” ao funcionar como um “espaço-tempo de convergência destas atividades”. “Daí muitas pessoas relatarem também que o teletrabalho os leva não a desacelerar relativamente às funções que tinham ou teriam se a rotina de saída fosse sair e entrar em casa, mas a acumular ainda mais as atribuições”, afirma.

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